quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Ringo e Pearl Jam - Ingressos comprados!!


10/11/11 no gigantinho, Ringo Starr! No outro dia, 11/11/11, Pearl Jam, no estádio do Zequinha! Serão dois dias incríveis. Não vejo a hora de chegar...
EM SETEMBRO: O INGRESSO PARA ROGER WATERS, THE WALL!!! Dezembro, talvez, o Jon Anderson. Na torcida!
Só falta mesmo o ingresso pro Clapton.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

O show em que Jerry Lee quase matou John Lennon!

Estava lendo o site poeira zine quando me deparei com uma história que até hoje só tinha ouvido boatos e versões diferentes. O show em que Jerry Lee quis matar John Lennon, em 1970. É um fato curioso e pouco conhecido, que está bem descrito neste artigo. Vou copia-lo aqui, do jeito que está no site em que li.

Cerca de um ano após o lançamento do álbum de Jerry Lee Lewis, London Sessions, que contava com a participação de Rory Gallagher, foi agendado um show do pianista mais rocker do mundo no famoso clube Roxy, em Los Angeles. Astros da música e do cinema foram convidados especialmente para a ocasião, assim como produtores, empresários e as groupies mais quentes da redondeza.

O show ia muito bem até que John Lennon chega no local e começa a chamar mais atenção da platéia do que o próprio Jerry Lee Lewis. De cabelos curtos e calmamente sentado no balcão do Roxy, Lennon parecia não se intimidar com o tumulto que começava a se formar ao seu redor.

Todo mundo comentava algo e as atenções estavam viradas para Lennon. Jerry Lee furioso, começa a tocar uma versão selvagem para "Jerry Lee Rag", porém nada que acontecia naquele palco parecia desviar a atenção do pessoal, até que Jerry manda a banda parar de tocar e começa a falar no microfone um monte de besteira sobre os Beatles e o quanto as músicas deles eram uma merda. Mete o pau também nos Stones, bradando que ninguém fazia Rock nesse mundo como ele próprio.

Lennon adorou a atitude de Jerry, subiu no balcão e ficou gritando em direção ao palco: "podes crer, os Beatles eram uma bosta mesmo cara!"

Todo mundo começou a dar risada da situação e Jerry não entendeu nada, pensando que Lennon estava mandando-o ir tomar naquele lugar...

Jerry arrastou o piano pelo palco e o destruiu em pedaços... o pianista sempre andava armado e pela sua reação parecia que ele puxaria sua arma a qualquer instante e começaria a disparar na direção de Lennon! O público começou a deixar o local e o clima ficava cada vez mais tenso até o show ser interrompido e Jerry Lee ser levado à força para os camarins.

Rory Gallagher, que era convidado especial de Jerry, achou uma boa ir até o backstage acalmar o amigo, afinal de contas, o relacionamento entre os dois no estúdio tinha sido muito bom. Donal, irmão e empresário de Rory, tentou impedi-lo falando que Jerry iria, no mínimo, espancá-lo. Só deixou Rory seguir em frente com a condição de que ele e o segurança pessoal dos irmãos Gallagher, Tom O'Driscoll (também presente na ocasião) fossem juntos.

Jerry estava sentado sozinho e de cabeça baixa, no camarim, completamente vazio. Obviamente até o mais durão membro da equipe do astro estava se escondendo de medo naquele instante. Rory se aproximou e sentou-se ao lado de Jerry que estava ainda vermelho de ódio. Antes que qualquer palavra fosse dita, a porta se abre e John Lennon entra no camarim!

Um silêncio mortal se instalou e sem que ninguém esperasse o gigantesco guarda-costas de Gallagher se atira de joelhos na frente de Lennon e começa a chorar! O sujeito beijou a mão de Lennon e falou: "Eu esperei mais de vinte anos para conseguir um autógrafo do rei do Rock n' Roll!"

Agora sim o juízo final estava por vir. Já não bastava Lennon ter roubado as atenções durante todo o show, no camarim de Jerry a cena se repetia.

Jerry foi logo buscando algum objeto para atirar contra o roqueiro inglês. Chegou a conferir em sua bota de cano alto se sua arma estava por ali.

Lennon sentindo que o clima ia realmente esquentar, rapidamente assinou o pedaço de papel para o segurança. Rasgou um pedacinho do mesmo papel, roubou a caneta do fã e se dirigiu para Jerry Lee.

O beatle repetiu passo a passo a idolatria que tinha acabado de protagonizar: ajoelhou-se, beijou a mão de Jerry e falou: "Eu esperei mais de vinte anos para conseguir um autógrafo do verdadeiro rei do Rock 'n Roll!".

Jerry se deleitou com a atitude inesperada de Lennon. Assinou o papel e começaram a conversar como se nada tivesse acontecido.


Living In The Material World

Não tenho Beatle preferido. Minha preferencia sempre variou entre John, Paul e, algumas vezes, o George, dependendo da minha fase. Ah, e uma vez foi o Ringo! Mas, acho incrível que mesmo tendo poucas músicas, e nem de perto o carisma dos dois principais compositores da maior banda de todos os tempos, tem muita gente que considera George Harrison como seu preferido.


Harrison teve algo único e difícil de explicar. Dele todos sempre gostaram e sempre vão gostar. Mesmo com uma carreira solo boa, não foi tão popular quanto as de John e Paul, pois desde a segunda metade dos Beatles já se dedicava mais a música indiana. Mas, sua morte em 2001 foi realmente triste para o mundo inteiro, e desde lá sentimos a falta desse ser superior na terra.
Então, quase 10 anos após essa perda, o mestre do cinema Martin Scorsese vai fazer um documentário sobre o beatle George! Com o belo nome "Living In The Material World" e com merecidas 3 horas e meia de duração, irá ao ar nos dias 5 e 6 de outubro na HBO americana. Conta com entrevistas dos músicos, atores e principalmente amigos Eric Clapton, Terry Gilliam, Eric Idle, George Martin, Paul McCartney, Yoko Ono, Tom Petty, Phil Spector, Ringo Starr e Jackie Stewart.


quarta-feira, 17 de agosto de 2011

São Paulo Rock City parte 5 - Boom Boom Boom Boom

Buddy Guy, 29/11/09, Praça da Independência
São Paulo, de graça!!

Buddy Guy - Guitarra e Vocal
Infelizmente desconheço o resto da banda... Se alguém souber me informe.

Após toda a loucura da noite de sábado. Acordamos tarde no domingo, já arrumando as coisas pra ir embora. Só tínhamos reserva até aquele dia na pousada, e como eu só iria embora segunda, teria que dormir no aeroporto. Não me importava mesmo, pois pra mim a aventura ainda não tinha terminado.
Fomos para o aeroporto de congonhas, onde me despedi dos meus amigos e fiquei sozinho na terceira maior cidade do mundo. Me informei onde poderia guardar minhas malas, como faria pra chegar na praça da independência e quanto isso iria me custar, pois já estava com pouca grana.


Me informaram um ônibus que eu poderia pegar, mas após quase uma hora na parada, não teve jeito de passar esse por ali. Sabia que o evento já estava quase começando e que precisava agir rápido. Tive que chamar um taxi para não perder nada do Buddy Guy. O taxista, como quase todos os outros, era muito legal. Me deu várias informações, mas me disse que era longe e que iria custar mais de 40 reais pra eu chegar lá. Me tinham sobrado apenas 50. Seria difícil sobreviver o resto do dia, mas não era problema.
Felizmente, como fiz amizade com o motorista, ele me deu um desconto e acabei pagando só 30 reais pela carona. E o cara ainda conseguiu chamar na rua pessoas para me ajudarem a chegar no lugar certo do show. Três jovens que eram de Coritiba, que também tinha vindo para o show do AC/DC e estavam aproveitando o evento gratuito na praça.
Procurando a entrada para o evento já ouvíamos uma música vindo do palco, mas isso não era possível, já que o começo do show só estava marcado para as 18:00 e ainda era 17:20. Após vários minutos caminhando, conseguimos encontrar o local que se entrava mesmo na praça, e assim tivemos a bela visão de um enorme palco, milhares de pessoas e uma organização invejável.


O que estava acontecendo aquele dia em São Paulo era a terceira edição do Tefefonica Open Jazz, um evento cultural gratuito que acontece todos os anos em novembro na capital paulista. Se viam vários policiais, muitos banheiros, a distribuição de bonés e camisetas e o mais importante: água gelada e graça! Pois o calor estava realmente muito forte. Era um lindo dia de verão, com uma brisa agradável e uma assustadora previsão de chuva.
O som que vinha do palco logo foi explicado pelo papel que me foi entregue na entrada da praça. Eram dois shows, o primeiro da cantora de Jazz/Soul Dianne Reeves e o segundo do mestre do blues Buddy Guy. Outra bela surpresa nessa viagem cheia delas! Veria também uma das maiores vozes femininas do jazz! Inacreditável.
Infelizmente o show dela já estava no fim e o calor era muito forte, me joguei embaixo de uma árvore com os paranaenses que tinha conhecido a pouco e ficamos de longe curtindo os minutos restantes de jazz. Tenho que dizer que foi incrível! Ela tem uma voz perfeita e uma banda que não esperava ver mesmo. Jazz de excelente qualidade.


Acho que tive a sorte de pegar a melhor parte do show, quando os músicos estava sendo apresentados, pois todos tiveram a chance de improvisar bastante. Inclusive ela, que seguia a melodia deles com sua voz incrível!
A Dianne Reeves saiu de cena e levou o sol junto, nuvens escuras e bem carregadas começava a dominar o céu de São Paulo, aliviando o calor mas trazendo o medo de chuva. Não estava preparado pra isso, tinha o celular, a câmera e a carteira nos bolsos e usava a roupa que pretendia ficar até chegar em Santa Cruz.
Não teve jeito, quando o tecladista subiu ao palco e anunciou "Mr. Buddy Guy" a chuva veio, e com toda a força. Felizmente não foi nada que atrapalhasse o show, mas não tinha como me proteger, já que não poderia me dar um luxo de comprar um capa. O jeito foi tapar os bolsos com minhas mãos e curtir o blues.


Buddy Guy com seus mais de 70 anos se mostrou em total forma de fazer um show incrível. Com sua tradicional roupa de bolinhas, sua fender e seu estilo irreverente de solar, usando baquetas, pedestais, dentes, língua, barriga e tudo mais que puder fazer um som diferente. Tocou os grandes clássicos do blues como Hoochie Coochie Man e Boom Booom Boom Boom, músicas que eu ouvia em casa e nunca imaginei que um dia poderia ver ao vivo.
O momento alto da chuva foi realmente a música que fala sobre ela, Feels Like Rain foi tocada com a participação especial da Dianne Reeves, que voltou ao palco para duelar com Guy e sua guitarra. Foi maravilhosa mesmo a apresentação dos dois com aquela chuvarada que não dava trégua.


Confesso que demorei pra acreditar que era realmente o Buddy Guy no palco, pois pra mim era um músico que eu nunca teria a chance de ver ao vivo, já que ele costuma fazer apenas shows nos Estados Unidos e praticamente só em festivais de blues. Mas, ele estava ali e dando um baita show! A chuva não diminuía a animação das mais de 10 mil pessoas que estava na praça, o único problema mesmo era a grande divisão que tinha entre o palco e o lugar onde estávamos.
Existia uma área vip naquele evento, mas não tinha quase ninguém lá, e isso fazia ter uns 10 metros de vazio entre o palco e o povo, deixando as coisas mais frias. Eram só umas 50 pessoas que ficavam na frente do palco curtindo o melhor lugar do mundo para ver o Buddy Guy. Mas, ele certamente não gostou muito disso, e logo quando a chuva parou, resolveu chegar mais perto do grande público, descendo do palco e vindo em nossa direção! Mestre.


Outros clássicos do blues foram tocados, como Sweet Home Chicago e a calminha Strange Brew, que marcou a saída do palco do blues man. Mas, claro que ele voltou pra encerrar o show com chave de ouro, fazendo uma homenagem a grandes guitarristas: Eric Clapton e Jimi Hendrix, deus discípulos. Tocou uma jam misturando Voodoo Child e Sunshine of Your Love, trazendo até a claridade para marcar o final do show. Nunca vou esquecer de ver um raio de sol indo exatamente em direção ao Buddy Guy e iluminando aquele velho homem feliz que abanava pros milhares de fãs molhados que estavam naquela incrível tarde na praça da independência em São Paulo.
Aos poucos todos foram saindo da praça e fui eu pra mais um desafio: Conseguir voltar para o aeroporto. Estava com medo, pois aquele lugar da cidade não era dos mais seguros, e tive que passar por várias ruas estranhas e assustadoras, mas em todo momento fui ajudado bastante pelos paulistas, que ficavam felizes em me explicar como tinha que fazer para chegar até uma parada e qual ônibus pegar.


Deu tudo certo, consegui voltar para o aeroporto, e tive que pegar minha mala para me trocar, tirar a roupa molhada e colocar uma seca, pra passar pela última parte da grade aventura: Dormir no aeroporto e pegar o avião as 6 horas da manhã do dia seguinte. Pouca grana e nada de bateria em todos os meus aparelhos eletrônicos, tava complicada a minha situação. Foi uma noite de muito tédio e poucos momentos de descanso. Mas, deu tudo certo e voltei para Porto Alegre na manhã seguinte, pegando logo um trem para a rodoviária, um ônibus para Santa Cruz e outro para casa.
Foram 4 dos melhores dias da minha vida, curtindo muito rock and roll, conhecendo muita coisa nova e me divertindo bastante. Fico muito feliz de lembrar daquilo, e ver como foi ótimo! As partes difíceis agora são engraçadas e as partes boas vão ficar pra sempre na minha memória.
E nunca mais mesmo vou ousar falar mal da cidade de São Paulo, pois ela esbanjou cultura, segurança, bom humor e alegria!


Infelizmente também não sei o set list exato do show da Dianne e do Buddy Guy ... Bem, Fim! =D

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

São Paulo Rock City parte 4 - We Are The Youth Gone Wild

Skid Row, 28/11/2009, Manifesto Bar
São Paulo, Pista: R$ 100,00

Johnny Solinger - Vocal
Dave Sabo - Guitarra
Scotti Hill - Guitarra
Rachel Bolan - Baixo
Dave Gara - Bateria

O Skid Row começou em 1986, e chegou ao sucesso em 1989 com seu primeiro disco e a clássica balada I Remember You. Se tornou uma das maiores do hard rock e durou até 1996, quando o vocalista Sebastian Bach foi expulso da banda. Após isso pouco se ouviu falar deles, voltaram a ativa com um novo front man e outro baterista, mas nunca conseguiram ter grande sucesso.
As passagens pelo Brasil com a formação clássica sempre foram bem aclamadas, e a última muito polêmica. Mas, esse novo Skid Row voltou quietinho, sem grande divulgação e tocando em um pequeno bar. Muitos foram lá ver eles, lotando o local. Era uma espécie de show pré-festa, já que estava marcado para as 18 horas, e foi isso que fizemos. Vimos a banda antes de fazer loucuras pela noite de São Paulo.


Eu pouco conhecia da banda, já tinha ouvido algumas musicas, mas realmente era leigo, bem diferente do que fiquei logo quando voltei pra casa. Mas, o show foi pra provar que quando a música é boa, ela nunca deve acabar. E, mesmo que seja com uma formação diferente, se tudo é feito certinho, não existe motivos para não acontecerem shows.
Como já faz tempo, eu não conhecia muito e já estava meio bêbado, não vou saber descrever muito bem o show. Mas vou falar de fatos importantes. Eles subiram ao palco ao som da clássica Blitzkrieg Bop, do Ramones, com muita empolgação! O baterista, que fazia realmente muitos malabarismos com as baquetas durante o show todo, já veio logo sem camisa mostrando todas as suas tatuagens. Os dois guitarristas e o baixista foram os mais aclamados, por serem os membros da formação clássica, e o vocalista me lembrou muito o Bret Michaels (Poison), por usar chapéu de cowboy ou bandana durante todo o show.

O palco era pequeno e não tinha divisão com o público. Ficamos longe, mas ainda sim com uma ótima visão, já que o bar não era grande. O banda era super animada e o tempo todo interagia com os fãs. Começaram o show com a primeira música do grande disco da carreira, Big Guns, e já vi que tinha valido muito a pena estar ali.
Pra mim a grande atração eram os dois guitarristas, pois os dois solavam e, em muitos momentos do show, duelavam! Era um espetáculo. O vocalista se mostrava como devia, não querendo ser um Sebastian Bach 2, mas simplesmente cantar as musicas direitinho e fazer um bom trabalho. O baixista era de longe o que mais interagia com o público, brincava com as fãs e distribuía palhetas! Uma hora até pegou uma das guampinhas do AC/DC, que muitos estavam usando lá no Manifesto.


A banda tocou músicas dessa nova formação, que deixaram o público um pouco mais calado, mas logo vieram com a clássica 18 And Life, que até eu conhecia e cantei junto! O show seguiu com a ótima Monkey Business e outras menos conhecidas. Sweet Little Sister proporcionou um dos melhores duelos de guitarras, que até fez o Solinger sair do palco. Aproveitando a saída do front man, foi feito um cover de Ramones com Bolan nos vocais! Clássica dos shows da banda desde o seu começo.
Depois do punk, ficou só Sebo no palco, que tocou no violão os acordes que todos conheciam e esperavam. I Remember You começou com um discurso do novo vocalista sobre músicas que nunca morrem. E essa é uma delas, o bar inteiro cantou a linda balada que vai durar para sempre.


Após ela, não lembro mesmo mais muito do show, até o momento que eles saíram do palco e a galera começou a pedir por bis. Voltaram e tocara outra que eu conhecia: Youth Gone Wild, que encerrou muito bem essa nossa ótima surpresa!
Nem acreditávamos que tínhamos presenciado isso. Foi tão incrível quanto inesperado. O Skid Row tinha um novo fã e outras centenas de fãs satisfeitos. Foi um show para mostrar que eles tem muito o que acrescentar para o hard rock ainda.
Bem, o resto da noite não vai dar para contar muito. Mas, vale lembrar alguns fatos como roubar garrafas de brahma, encontrar o Edu Falaschi (atual vocalista do Angra), comer cachorro quente com purê de batata, ir em um bar chamado Morrison ver um ótimo show rock and roll de uma banda com duas vocalistas e muitas outras loucuras em São Paulo. Uma ótima cidade, sem dúvida alguma.


Quando o sol nasceu, pegamos um ônibus, voltamos pra casa e dormirmos após essa noite incrível, pois já era o dia de meus dois amigos voltarem pra casa e de eu, sozinho, ir ver o Buddy Guy de graça!

Set List Skid Row
Big Guns
New Generation
Riot Act
Piece of Me
18 and Life
Monkey Business
Thick Is The Skin
Makin' a Mess
Ghost
Sweet Little Sister
Psycho Therapy
I Remember You
Get the Fuck Out
Disease
Slave to the Grind

Encore:
Youth Gone Wild


Continua...

São Paulo Rock City parte 3 - Galeria do Rock

Ainda empolgados pelo incrível show que tínhamos visto na noite anterior, saímos cedo para ir na Galeria do Rock, no centro de São Paulo. Pegando ônibus e pedindo muita informação, chegamos lá! Incrível como os paulistas são legais e ajudam tranquilamente os turistas perdidos.
Era bem normal ver pessoas com a camisa do AC/DC andando pelas ruas com o mesmo rosto feliz que estávamos. Parecia difícil aceitar como o show tinha sido incrível! A vontade era ainda estar lá no Morumbi vendo o Angus solar. Mas, como tinha passado, fomos comprar coisas legais.


A Galeria do Rock a princípio assustou, os primeiros andares não tinham nada de legal. Mas, fomos subindo e começou a melhorar bastante. Como não tinha muito dinheiro, me controlava pra não comprar nada no impulso. Fui só olhando e ficando na vontade mesmo. Mas, camiseta do show da noite anterior, do The Who, do Jimmy Page e o cd Black Ice não foram deixados pra trás.
Chegando no último andar, que era bem mais vazio que os outros, já estávamos cansados e com fome, mas não queríamos deixar de olhar tudo. Então fomos passando pela frente das lojas, mas sem mais muito interesse. Quando chegamos na mais distante de todas, a última loja da galeria do rock, vimos um cartaz que nos chamou atenção:

A ficha demorou a cair. Tivemos que entrar na loja e perguntar se era um cover ou algo assim. Mas, não era. O Skid Row iria realmente tocar em um bar de São Paulo aquela noite! Era um show pouco divulgado e já tinha mudado de data, indo para o dia 28 de novembro, hoje.
Não tínhamos muito dinheiro, mas era uma chance única. Não podia ser deixada pra trás. Eu não conhecia muito da banda, mas certamente queria ir. E os meus dois amigos eram grandes fãs, então compramos os ingressos. O meu com uma ajuda financeira... hehehe.
Um dia após o AC/DC, veríamos o Skid Row. Claro, sem o Sebastian Bach, mas ainda sim era um baita show! Não poderíamos estar mais felizes. Saímos da galeria do rock e voltamos pra pousada pra nos organizarmos.
Como começava cedo a festa no bar Manifesto, saímos logo e fomos descobrir como chegar lá. Mas, nesse momento vimos no meio da rua uma aglomeração de pessoas e uma música boa que nos atraiu.


A rua ao lado da nossa pousada era praticamente só de lojas de instrumentos musicais, muita sorte! E nesse momento uma delas estava promovendo um show de rock! Uma banda com vários jovens e bons musicos estava se apresentando em frente a loja tocando vários clássicos do rock and roll! São Paulo não parava de melhorar!
Infelizmente, por estarmos com pouco tempo, tivemos que deixar esse show para trás, pegamos um ônibus e chegamos pouco antes das 18h lá na frente do Manifesto. Já vimos uma grande fila para entrar. Nos informamos e ficamos sabendo que ainda iria demorar para abrir. Então, compramos umas cervejas ali perto e ficamos bebendo até a hora que as pessoas começaram a andar. Vamos ver o Skid Row!!!


Continua...

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

São Paulo Rock City parte 2 - Let There Be Rock

AC/DC, 27/11/09, Morumbi
São Paulo, pista: R$ 250,00

Angus Young – guitarra solo
Brian Johnson – vocais
Malcolm Young – guitarra base, backing vocals
Cliff Williams – baixo, backing vocals
Phil Rudd – bateria

Era pouco passado das 10 da manhã e a fila para o show já estava enorme. Milhares de rockeiros com guampinhas vermelhas e camisetas pretas. Muitas tatuagens do Angus e imitações do Brian. Ficamos a baixo do forte sol de novembro na cidade onde a poluição é enorme e deixa o clima pesado. Logo fizemos amizade com um cara que estava sozinho, e com uma garrafa de rum!
Não demorou a o sol nos queimar, e nos deixar arrependidos de não ter trazido um protetor. Mas, por sorte, encontramos um grupo de amigos (sim... lá em São Paulo!) que chegaram na noite anterior e tinham um lugar muito melhor que o nosso na fila. Eles ficaram felizes em nos receber lá, e o melhor de tudo: Estavam embaixo de uma grande árvore, na sombra.


Passamos o resto do dia por ali, comendo e bebendo o que tinha por perto. Eu logo comprei uma daquelas guampinhas que todos estavam usando para fazer parte do show. A organização na fila não era boa, pessoas chegavam depois do meio dia e simplesmente ficavam paradas ali onde estavam aqueles que passaram a noite no chão. Incrivelmente conseguimos reunir um grande número de gaúchos e, principalmente, gremistas em nossa volta. Passamos a tarde cantando o hino rio grandense e músicas da torcida do Grêmio.
Conhecemos várias figuras bizarras, todos a cada momento mais loucos para ver o AC/DC! Pelas 5 da tarde a fila começou a ser organizada e não deixaram mais ninguém entrar ou sair de onde estávamos. Grande problema: Mijar. Foi preciso fazer no meio de todo mundo quando era necessário. O final da tarde trouxe junto uma forte chuva, logo no momento em que os portões foram abertos.
Já dentro do estádio, conseguimos um bom lugar, não muito perto do palco, mas do lado da passarela onde Angus e Brian passariam boa parte do show. A chuva logo deu uma trégua e o pessoal começava a se agitar. Cantávamos as músicas que vinham do palco junto e acendemos as guampinhas dando um espetáculo incrível


O show de abertura foi como se deve ser: Curto e agitado. O Nasi, ex vocalista do Ira!, que teve essa responsabilidade. Tocou vários clássicos do rock nacional e internacional e algumas próprias. Logo encerrou deixando todos muito ansiosos. A chuva ainda voltou para nos deixar preocupados em relação ao show, mas logo foi embora outra vez.
Sem muito atraso, 21:45 as luzes se apagaram e um ótimo vídeo começo no enorme telão que ficava no meio do palco. Ele terminou com um trem vindo em direção a tela e se tornando real, com uma grande explosão! Um trem de verdade tinha realmente entrado no palco!! E com ele vieram os músicos, tocando aquela música que eu usava como despertador para trabalhar e pagar o que estava presenciando: Rock and Roll Train.


O público foi totalmente a loucura, era um empurra-empurra, todos cantando e pulando! E eu participando de tudo isso, pois como a maioria ali: Estava realizando um dos maiores sonhos da minha vida. A animação da platéia e da banda não diminuiu nem um pouco durante todo o show. Era o tempo todo esse ritmo alucinante que o AC/DC mantem nesses quase 40 anos de história!
Muitas clássicas e algumas do excelente álbum recentemente lançado, vários efeitos especiais e solos loucos do Angus. A terceira música já foi Back in Black, a sétima Thunderstruck e a décima Hell's Bells, quando o enorme sino desceu até o palco e fez o Brian correr uns 20 metros até se pendurar na corda. Isso fez todos ficarem apavorados com sua força e agitarem muito com o resto dessa baita música.
Antes deste fato do sino, teve a clássica The Jack, aonde o Aguns fez o seu tradicional strip-solo. Fantástico! Ficou só com uma samba-canção para o resto do show. Era incrível ver a disposição de todos, não parecem nunca terem a idade que têm. Eu não conseguiria fazer nem um pouco daquilo tudo. Eles são realmente monstros do rock e vão continuar sendo por muito tempo!


Mais outras clássicas vieram, You Shook Me All Night Long, TNT e Whole Lotta Rosie, que trouxe ao palco uma enorme boneca inflável. A primeira parte do show encerrou com Let There Be Rock, que durou quase 20 minutos. Angus Young improvisou muito, fazendo todos cantarem junto com sua guitarra e subindo numa passarela no meio do estádio, com muito papel picado e fogos!
Durante o pequeno intervalo, tempo para respirar, recuperar o fôlego e gritar muito pela voltar da banda. O guitarrista louco voltou com as guampinhas que todos usavam. Ele veio dentro de uma jaula, de baixo do palco, do inferno! Highway To Hell fez o estádio tremer de tanto que todos pulavam! Terminando essa, os canhões surgiram em vários locais do palco, e a última música começou. Como sempre, o AC/DC encerrou o show com For Those About Rock (We Salute You). Vários tiros e no final explosões por todos os lados. Tinha acabado.


Ninguém queria sair do estádio, pareciam querer gravar na memória aquele momento para sempre. Ver mais um pouco o sino, os canhões, as guampinhas... Foi espetacular! O AC/DC encantou a todos que foram ver, acabando com qualquer dúvida de que eles são uma das maiores, se não a maior, banda de rock na atualidade!
Após o show, foi à procura por comida e bebida. No começo do dia pensávamos em fazer festa por São Paulo ainda naquela noite, no final sabíamos que não iríamos conseguir. Era exaustão total. Comemos num super mercado que tinha a alguns km do estádio e voltamos para a pousada, pois amanhã tinha mais! Galeria do rock! E nem sabíamos o que nos esperava lá...


Set List

Rock N' Roll Train
Hell Ain't a Bad Place to Be
Back in Black
Big Jack
Dirty Deeds Done Dirt Cheap
Shot Down in Flames
Thunderstruck
Black Ice
The Jack
Hells Bells
Shoot to Thrill
War Machine
Dog Eat Dog
You Shook Me All Night Long
T.N.T.
Whole Lotta Rosie
Let There Be Rock

Encore:
Highway to Hell
For Those About to Rock (We Salute You)

Continua...

São Paulo Rock City parte 1 - Quatro dias de Rock and Roll!

Como bom gaúcho, sempre tive muito orgulho da minha terra e um certo preconceito com o resto do Brasil. Acredito que aqui somos melhores e temos tudo de melhor também. Mas, no final do ano de 2009 minha cabeça mudou bastante. Foi confirmado um show único do AC/DC na capital paulista para o dia 27 de novembro, e eu não poderia deixar de ir!
Seria um grande avanço para mim caso eu fosse, pois todos os shows que eu tinha ido até aquele dia, meu pai havia me acompanhado, e nesse ele já avisou que não poderia ir. Então, comecei a me organizar para fazer tudo por conta própria. Arrumei dois amigos que também estavam afim de ir, e com eles, a aventura ficou mais fácil.
Como o AC/DC tocaria no estádio Morumbi numa sexta, decidimos passar o fim de semana em São Paulo, para conhecer melhor a cidade. Fomos atrás de hotéis e passagens baratas, até conseguir as melhores opções. Os ingressos foram comprados pouco depois da meia noite por um preço bem salgado, mas nada que não valesse para ver os deuses do rock and roll ao vivo.

A grande dificuldade mesmo foi arrumar dinheiro para tudo isso, já que dessa vez meu pai não iria pagar pra mim. Consegui um trabalho, e acordei todos os dias cedo pensando que estava fazendo aquilo para ver uma das maiores bandas de todos os tempos. Meu despertador era "Rock'n'Roll Train", e sempre me fazia levantar na hora e feliz. Estava tudo se encaminhando bem para o AC/DC.
Para melhorar, fiquei sabendo alguns dias antes de embarcar que um dos mestres do blues, Buddy Guy, iria tocar no dia 29 de novembro de graça em uma praça da capital paulista. Mas, as passagens de volta estavam marcadas para este mesmo dia, era impossível ter tempo de vê-lo! Não poderia perder essa chance. Remarquei o voo e tive que encarar essa parte final da viagem sozinho.
Dia 26, uma quinta feira, fomos pra Porto Alegre e a aventura começou, pegamos o avião e na chegada em São Paulo um temporal horrível estava acontecendo, que impediu o pouso diversas vezes no aeroporto de Congonhas. Foi bem assustador, mas nos deu a chance de passar por cima do estádio onde seria o show, e ver o enorme palco que estava pronto, nos esperando para a noite de sexta feira.


Já no aeroporto, uma forte chuva deixava a minha primeira visão de São Paulo bem embaçada. Tomamos algumas Heinekens e fomos pra pousada que tínhamos feito a reserva. Conseguimos um pequeno quarto com dois beliches e banheiro. Ótimo! Lá combinamos de ir bem cedo para a fila no dia seguinte, e portanto, não exagerar com a bebida na noite. Saímos para um pub irlandes que tinha a poucas quadras do lugar onde iriamos dormir, e lá já pudemos curtir uma bela banda tocando rock and roll e uma baita promoção de chopp!
Oito da manhã acordamos no dia 27 de novembro de 2009, e com grande dificuldade, conseguimos um ônibus até o estádio do Morumbi, aonde uma grande fila já estava formada para passar aquele belo dia esperando o AC/DC. Tudo estava se encaminhando bem para esses dias lá em São Paulo, mas só estava começando... ainda iria melhorar bastante!

Continua...