sexta-feira, 10 de junho de 2011

Joe Cocker - With A Little Help From My Friends (1969)

1969 foi realmente um grande ano. Abbey Road foi lançado e até hoje nenhum álbum conseguiu supera-lo, Led Zeppelin explode com seu primeiro disco, Yes surgindo ainda timidamente, Pink Floyd com Syd Barret e sua psicodelia, The Who começando a mudar para o estilo que o consagrou e vários outros fatos realmente relevantes para música que são cultuados até hoje. Mas um grande álbum muito pouco lembrado é esse do Joe Cocker, onde muitos músicos consagrados foram convidados para participar e fazer excelentes covers de músicas já famosas e tocar algumas da autoria de Cocker.
Com versões suas para músicas de Dylan, Dave Mason, Pete Dello, Beatles e outros, Joe Cocker se lança no mundo da música para não sair mais! Tanto que após esse lançamento foi convidado para participar do festival Woodstock!


Ele surpreende a todos por ter coragem para pegar canções que são já consagradas e fazer a sua versão, que normalmente é totalmente diferentes das originais, como se pode ver no grande hit do álbum: With A Little Help From My Friends! Música famosa dos Beatles que ele conseguiu mudar totalmente e até a deixou melhor! Sim, ele conseguiu fazer um cover melhor que o original, que era "só" dos Beatles! Não teria como começar mais em alta sua carreira, que dura até hoje, mas sem nunca mais fazer tanto sucesso quanto nesse primeiro disco.


01. Feeling Alright (Dave Mason) – 4:07
02. Bye Bye Blackbird (Ray Henderson, Mort Dixon) – 3:27
03. Change In Louise (Joe Cocker, Chris Stainton) – 3:21
04. Marjorine (Joe Cocker, Chris Stainton) – 2:37
05. Just Like A Woman (Bob Dylan) – 5:16
06. Do I Still Figure In Your Life? (Pete Dello) – 3:58
07. Sandpaper Cadillac (Joe Cocker, Chris Stainton) – 3:13
08. Don't Let Me Be Misunderstood (Gloria Caldwell, Sol Marcus, Bennie Benjamin) – 4:40
09. With A Little Help From My Friends (John Lennon, Paul McCartney) – 5:09
10. I Shall Be Released (Bob Dylan) – 4:34
Bonus:
11. The New Age Of Lily (single B-side) (Joe Cocker, Chris Stainton) – 2:14
12. Something's Coming On (single B-side) (Joe Cocker, Chris Stainton) – 2:15

Personnel:
- Joe Cocker - vocals
- Paul Humphries - bateria (01)
- David Cohen - guitarra (01)
- Carol Kaye - Baixo (01)
- Artie Butler - piano (01)
- Laudir - tumba, maracas (01)
- Tony Visconti - guitarra (02)
- Jimmy Page - guitarra (02,04,05,07,09,11,12)
- Henry McCullough - guitarra (03,06,08,10)
- Albert Lee - guitarra (04,11,12)
- Chris Stainton - piano (02,03,04,07,11,12), organ (02,07,11), baixo (02-07,09-12)
- Tommy Eyre - piano (05), organ (08,09)
- Matthew Fisher - organ (05)
- Stevie Winwood - organ (06,10)
- Clem Cattini - bateria (02,04,07,11,12)
- Mike Kelly - bateria (03,06,10)
- BJ Wilson - bateria (05,09)
- Kenny - bateria (08)
- Brenda Holloway, Patrice Holloway, Patrice Holloway, Merry Clayton - backing vocals (01)
- Madeline Bell - backing vocals (02,06)
- Sunny Hightower - backing vocals (02)
- Rosetta Hightower - backing vocals (02,09)
- Sunny Wheetman - backing vocals (03,06,09,10)
- Denny Cordell - produção

terça-feira, 7 de junho de 2011

Falta pouco pro novo do Yes!

Finalmente está chegando a hora! Depois de 10 anos do último lançamento, o excelente disco Magnification de 2001, a banda Yes está com tudo pronto para começar a vender o Fly From Here!
Sem os vocais do mestre Jon Anderson e os teclados de Rick Wakeman, que juntos estão gastando seu tempo em projetos paralelos que não chegam perto do que poderiam fazer no Yes. O novo disco chega com os deuses do progressivo Chris Squire, Steve Howe e Alan White acompanhados de Benoît David e Geoff Downes .


Benoît David não deixa a desejar, como já pude ver ao vivo em novembro do ano passado, pois sua voz é muito parecida com a de Anderson, e nas condições de hoje, até bem melhor. Minha grande dúvida fica com o Downes de tecladista, mas acho que não será nada comprometedor. O produtor do disco é o conhecido Trevor Horn, que já trabalhou com o Yes na época do Drama (álbum sem Anderson e Wakeman e com Downes nos teclados e Horn produzindo e fazendo os vocais).


Já foram divulgados várias informações sobre o Fly From Here, e as principais são a belíssima capa feita pelo mestre Roger Dean e as músicas. O destaque fica para a que dá nome ao álbum, que seguindo Squire é baseada em composições que nunca foram lançadas da época do disco Drama. A música tem, somando as 5 partes que a dividem, 23 minutos. Ou seja, a maior música da carreira do Yes.
E pra quem, assim como eu, não aguenta esperar o lançamento, na Amazon tem 29 segundo de cada uma das 11 músicas do álbum). Ouça aqui. Achei ótimas, as partes da suite e outras duas: Hour Of Need e Into The Storm. Mas infelizmente é só menos de meio minuto mesmo. Chega a doer quando para de tocar.
O lançamento oficial fica pro dia 22 de junho no Japão, primeiro de julho na Europa e 12 de julho nos Estados Unidos. Aqui pro Brasil não tem previsão ainda, mas lá por fim desse mês já deve se achar por blogs, e o mais rápido possível disponibilizarei aqui e comentarei com toda a minha felicidade de ter ouvido mais um novo álbum do Yes, assim espero.


Chris Squire: baixo
Steve Howe: guitarras
Alan White: bateria
Benoît David: vocais
Geoff Downes: keyboards
Trevor Horn: produtor e co-escritor
Art: Roger Dean

1. Fly From Here - Overture (1:54)
2. Fly From Here Pt I - We Can Fly (6:01)
3. Fly From Here Pt II - Sad Night at the Airfield (6:42)
4. Fly From Here Pt III - Madman at the Screens (5:17)
5. Fly From Here Pt IV - Bumpy Ride (2:15)
6. Fly From Here Pt V - We Can Fly Reprise (1:49)
7. The Man You Always Wanted Me to Be (5:18)
8. Life on a Film Set (5:12)
9. Hour of Need (3:08)
10. Solitaire (3:30)
11. Into the Storm (6:54)

quarta-feira, 1 de junho de 2011

No more Mister Nice Guy

Alice Cooper, No More Mr Nive Guy tour, 31/05/11
Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Pista: R$ 80,00

Alice Cooper – Vocal
Tommy Henriksen – Guitarra, vocal
Chuck Garric – Baixo, vocal
Damon Johnson – Guitarra, vocal
Steve Hunter – Guitarra
Glen Sobel – Bateria


O grande show do Alice Cooper no Pepsi on Stage não foi visto nem por mil pessoas, uma pena. Ruim para que não foi, pois perdeu uma grande atuação desse monstro do rock pesado que mesmo com seus 63 aninhos não deixa nenhum espectador insatisfeito no espetáculo. Sim! Espetáculo. Pois aquilo que se passou nas quase duas horas não foi só um show, é algo maior que isso!
E quase que eu fui um desses tristes seres que perdeu a visita da velha Alice na capital dos gaúchos. Na noite do dia 30/05, dia anterior ao show, eu nem acreditava mais que conseguiria dar um jeito de ir vê-lo. Mas, com uma mudança repentina de fatos, consegui adiantar meu salário e ter grana pra comprar o ingresso, que já estava com 20% de desconto, e também pra ajudar no meu transporte.
Indo pra Porto Alegre não poderia estar mais feliz com a sorte que tive de simplesmente estar a caminho de mais um show. Chegando lá cedo, não deviam ter 30 pessoas na nossa frente na fila, e assim já era certo que ficaríamos muito perto do palco. O início do show dos americanos de Detroid estava previsto para as 21 horas, e a abertura que ficaria por conta da Rosa Tattooada seria as 20:30. E foi assim, sem muitos atrasos.


A Rosa fez o seu show, que foi muito bom! Tocando suas clássicas Um Milhão de Flores, Tardes de Outono e Rock 'n' Roll Até Morrer, assim aquecendo a platéia na noite gelada de maio. Após a abertura um pano foi estendido na frente do palco, ele mostrava o rosto de Alice e algumas coisas macabras a mais. E com 15 minutos de atraso aquele pano caiu e em cima de uma grande escada estava o astro com seus olhos pintados, sua cara de mal e soltando fogo das mãos.


Eu infelizmente não sou grade conhecedor da carreira desse grande rock star, mas conhecia muito mais do que esperava das suas músicas. Como fui de última hora, nem tive tempo pra me preparar muito. Mas, já curtia a que ele iniciou o show: Black Widow com muito peso e solo dos seus três guitarristas excelentes, guiados pelo próprio Cooper que os indicava com sua bengala estilosa, que o acompanhou em várias partes do show, como regente da banda.
Logo viram outras conhecidas como I'm Eighteen, a ótima Under My Wheels e Billion Dollar Babies, onde ele jogou notas de dolares para a platéia, que já estava totalmente conquistada pelo estilo todo de Alice Cooper e por toda a produção que ele trouxe. Seguiu o show com a música que da nome a turnê: No More Mr. Nice Guy. Que o fez correr para o palco e incentivar todos a cantarem junto o conhecido refrão.


Cooper trocou várias vezes de roupa, deixando o palco para solos de bateria, baixo e das três guitarras, uma dessas trocas serviu para anunciar uma música nova. Ele veio com um casaco onde atrás estava escrito "New Song", e quando o tirou, a camisa toda ensagüentada que usava por baixo tinha o nome do som: I'll Bite Your Face Off. Além dessa troca de peças, o palco contava com várias objetos diferentes que seriam utilizadas durante o espetáculo. A cada música algo novo iria vir, e cada vez mais surpreendente.


Na linda balada Only Women Bleed, o cantor pegou uma boneca de pano com a qual dançou, atuou um grande romance e no final, a beijou. Já na música seguinte, Cold Ethyl, que era muito mais pesada, a espancou, chutou, jogou longe e por pouco não a destruiu. Mas, ainda era pouco para o que estava por vir.
Logo após essa atuação de amor e ódio, ele virou um doutor que mexia numa grande máquina que estava do lado da bateria, tentando tornar vivo seu monstro. Quando conseguiu, um enorme Frankenstein apareceu no palco para a música que diz para alimenta-lo. Sensacional. Seguindo o show, com menos efeitos, veio a clássica Poison, fazendo a platéia inteira cantar novamente. Nesse momento o guitarrista Tommy Henriksen jogou uma palheta em minha direção, e com essa eu fiquei!


Em certas partes do show um fotógrafo aparecia no palco e ele sempre era espantado pelos músicos, até que na música Killer, Alice Cooper foi para cima dele e o matou, com uma de suas bengalas, esta bem afiada. O garoto foi socorrido por dois policiais com casacos da SWAT, que momentos depois voltaram para cortar a cabeça do assassino com uma grande guilhotina. E, em um excelente teatro, isso que foi feito. O cantor foi decapitado e seu sangue atirado na platéia.


Com I Love the Dead ele voltou ao palco e após veio a grande música de sua carreira: Schools Out encerrou o show. Durante esta foram jogados enormes balões coloridos para o público, que quando estourados traziam muitos confetes de carnaval dentro, transformando o final numa grande festa! A música Another Brick in the Wall, do Pink Floyd, outra "contra" as escolas foi tocada junto, deixando perfeito o encerramento e fazendo a platéia já gritar por bis antes mesmo da banda ter saído do palco.
E eles voltaram rapidamente mesmo, com o Cooper trazendo uma grande bandeira do Brasil e vestindo a camiseta de nossa seleção personalizada com seu nome e o número 18. Tocaram a clássica Elected, enfeitada por milhares de penas brancas de papel jogadas na platéia. E quando parecia não poder ficar melhor, o Steve Hunter colocou uma peruca de Hendrix e eles fizeram cover da música Fire, encerrando por definitivo o espetáculo de Alice Cooper na capital gaúcha.


Poucas pessoas num show incrível, que não consigo imaginar que estive tão perto de perder. Obrigado, Alice Cooper por vir e ainda demonstrar tanta vontade de encantar platéias, menos que pequenas, por todo o mundo.

Set List
Black Widow
Brutal Planet
I'm Eighteen
Under My Wheels
Billion Dollar Babies
No More Mr. Nice Guy
Hey Stoopid
Is it my Body
Halo Of Flies
Bite Your Face Off
Muscle of love
Only Women Bleed
Cold Ethyl
Feed my Frankenstein
Clones
Poison
Wicked Young Man
Killer / I Love the Dead
Schools Out / Another Brick in the Wall

Bis
Elected
Fire